Aranha-lobo-teia-de-funil - Aglaoctenus lagotis

A aranha-lobo-teia-de-funil (Aglaoctenus lagotis): as teias na forma de lençol, chamadas de 'prato da teia' ou 'lençol de captura', revestem o caminho até um refúgio: buracos feitos em troncos, árvores caídas, cupinzeiros ou na vegetação, geralmente em lugares mais quentes e secos.


"A toca funciona como abrigo e a teia que a rodeia funciona para capturar presas. Apesar de utilizarem buracos encontrados em troncos e cupinzeiros, são capazes de cavar na terra", explica o biólogo Alexandre Michelotto.

O refúgio é tão estratégico que as aranhas competem pelas tocas, principalmente no período reprodutivo. "Podem roubar umas das outras, expulsando a aranha que estiver por lá", diz.


A espécie ocorre tanto em áreas de floresta, como Mata Atlântica e Floresta Amazônica, como em regiões savânicas, no Cerrado e na Caatinga. De cor marrom, mede cerca de dois centímetros.

Apesar de possuir toxinas, não oferece risco aos humanos. "O 'veneno' é usado para paralisar as presas, na maioria das vezes insetos, como grilos e baratas", detalha Alexandre.


O Brasil é casa para três espécies do gênero Aglaoctenus. "Existem vários outros gêneros de aranhas-lobo, mas só esse constrói esse tipo de teia. As outras são caçadoras cursoriais ativas, ou seja, caminham procurando presas sem precisar usar a seda para capturá-las", completa o especialista.

Fonte: G1

Comentários